Informações Gerais e a Sessão sobre Brainspotting

(Reprocessamento de Pontos Cerebrais)

O que e Brainspotting?

Brainspotting é um método de tratamento focalizado, forte e poderoso que funciona ao identificar, processar e liberar as fontes neuropsicológicas de dor física/ emocional, trauma, dissociação e uma variedade de outros sintomas desafiadores. Pode também ser entendido como uma forma  simultânea de diagnóstico e tratamento. Apesar de os efeitos terapêuticos serem intensificados com o som bilateralizado, o Brainspotting oferece sensação de contensão e controle ao paciente.

O Brainspotting funciona como uma ferramenta neurobiológica de apoio na relação terapêutica. Não existe um substituto para a presença terapêutica, acolhedora e madura, com a capacidade de incentivar o paciente que sofre a investir numa relação segura de confiança em que se sinta escutado, aceito e entendido. O Brainspotting nos oferece uma ferramenta auxiliar dentro desta relação clínica para que se possa localizar, enfocar, processar e liberar experiências e sintomas que normalmente estão fora do alcance da mente consciente do paciente, de sua capacidade cognitiva e linguística.

Este método atua em áreas profundas e primitivas do cérebro, permitindo acesso direto ao sistema autônomo e límbico do Sistema Nervoso Central. Essa focalização ativa reações adaptativas de equilíbrio e sobrevivência do paciente em relação aos temas trabalhados. Trata-se de um instrumento/tratamento com consequências positivas e ecológicas em nível psicológico, emocional e físico.

O QUE OCORRE DURANTE O BRAINSPOTTING?

O terapeuta solicita ao cliente que entre em contato com temas específicos para serem elaborados durante a sessão. Uma vez feita a escolha, o cliente avalia o nível de ativação da dificuldade, ou seja: o quanto a recordação do conteúdo perturbador desperta sensações físicas de desconforto.

O terapeuta pede para o cliente olhar para o ponteiro até encontrar o ponto cerebral correspondente aquela lembrança. Isso se percebe pelos movimentos oculares e/ou as sensações internas do cliente. Uma vez identificado o ponto cerebral (brainspot) o cliente deve fixar a atenção neste ponto, observando o conteúdo emocional, cognitivo ou físico que surge. Á semelhança do que ocorre durante a meditação, a pessoa deve apenas observar o que ocorre sem julgar se o que acontece deveria ser desta ou daquela maneira. Esta estratégia deflagra o reprocessamento em nível distinto daquele que ocorre durante o EMDR, mobilizando mais sensações corporais integrando material emocional de partes mais primitivas do cérebro.

Por meio de avaliação subjetiva proporcionada pelo próprio paciente, constatamos se a ativação se intensifica ou enfraquece. Prosseguimos com este procedimento até que este ponto (brainspot) seja completamente reprocessado e a ativação permaneçam zero. Ás vezes o terapeuta pode encorajar o paciente a novamente ativar a perturbação até que próprio paciente não consiga mais evocar desconforto.

Estratégias de localização do Brainspotting são muito variadas. Podem ocorrer a partir da observação interna do paciente, externa do terapeuta, com os dois olhos abertos ou ainda focalizando apenas um olho de cada vez. Este procedimento é repetido em sessões subsequentes até que o ponto cerebral esteja completamente processado.

INDICAÇÃO

O Brainspotting é um instrumento neurobiológico que oferece a possibilidade de acessar, diagnosticar e tratar uma variedade de condições somáticas e/ou transtornos de base emocional. O Brainspotting pode ser instrumento efetivo e eficiente no tratamento dos sintomas relacionados a:

• Trauma físico e emocional

• Traumas decorrentes de acidentes

• Traumas resultantes de intervenções e tratamentos médicos

• Doenças físicas relacionadas com estresse e trauma

• Problemas de desempenho inclusive disfunção sexual

• Fibromialgia e outras condições de dor crônica

• Dependência química e adições

• Problemas de percepção

• TDA e TDAH

• Gagueira

• Doenças ambientais e Síndromes de Fadiga Crônica

• Fobias

• Asma

• Preparação e recuperação de intervenções cirúrgicas

• Trauma de guerra e catástrofe natural

• Problemas de explosão de raiva e fúria

• Pânico e ansiedade

• Manejo de doenças graves